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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Enfrentando a compulsão alimentar


Enfrentando a compulsão alimentar
Quando comer se torna uma alternativa para tentar cobrir um vazio emocional, é preciso procurar ajuda


Quem já não teve uma vontade inexplicável de comer algo apenas por gula, que atire a primeira pedra. Usada para diminuir nossa ansiedade, cuidar da nossa TPM, da briga do namorado ou da pressão no trabalho, a comida é uma solução rápida e nada saudável para lidar com os problemas.

Antes de qualquer coisa, precisamos entender o que é compulsão e como ela funciona. Normalmente ela aparece quando alguma coisa está errada (dificuldade de relacionamento com os pais, perdas, separações, etc) e um enorme vazio se instala dentro de nós. Como essa sensação de vazio é muito ruim, nosso inconsciente acaba encontrando uma forma de aliviar nossa dor, seja através da comida, bebida, sexo, compras, drogas e etc.

O problema é que o vazio persiste e exige cada vez mais, isto é, a pessoa acaba se tornando compulsiva numa tentativa de “cobrir” esse “buraco emocional”. Infelizmente como é uma questão emocional a única solução é descobrir a causa e enfrentá-la o que muitas vezes pode ser bem difícil e doloroso, o que torna comer uma caixa de bombons no café da manhã uma tarefa mais agradável.

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Mas por que a escolha da comida? Nossa primeira experiência de carinho é durante a amamentação. Além de o leito materno saciar a nossa fome, no colo materno temos à sensação de conforto e segurança. Isto é, desde o nascimento aprendemos a associar a comida com o “aconchego”.

Então, o que fazer para combater a compulsão alimentar?

Normalmente o compulsivo é um pouco ansioso e deseja soluções rápidas, afinal existe aquele “doloroso vazio”, o que faz com que ele procure dietas milagrosas, remédios e até a cirurgia de redução de estômago.

Não sou nutricionista e nem pretendo me “intrometer” em outra área, mas todos nos sabemos que milagres não existem. Até mesmo a cirurgia de redução de estômago sem acompanhamento nutricional e psicológico pode ser um desastre. Atendi há alguns anos uma mulher obesa que após a cirurgia não havia conseguido perder o peso desejado, pois como sua fome era incontrolável ela comia por dia duas dúzias de bananas amassadas com leite condensado. O creme pastoso que se formava facilitava a ingestão, já que o estômago estava reduzido e havia maior dificuldade de se alimentar.

As histórias não inúmeras. Portanto, não adianta tentar soluções rápidas para a obesidade sem umtratamento para compulsão alimentar, pois enquanto existir o vazio haverá a compulsão. Um bom exemplo são pessoas que param de fumar e engordam, quer dizer, trocam a compulsão do cigarro pela comida. Seja qual for a compulsão (comida, álcool, jogos, etc) ele merece atenção e tratamento.

Por mais difícil que seja seu problema e por mais doloroso que seja enfrentar a compulsão alimentar, nada é mais gratificante do que cuidar e sarar as feridas do passado e assim poder seguir em frente, sem vazio, sem tristeza e sem culpa.

Pense nisso, a escolha de ser feliz está em suas mãos.

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